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domingo, 6 de janeiro de 2013

Estudante de jornalismo, o jornal impresso é pra namorar ou casar?


Artigo de Johannes Halter

A paixão inexplicável pelo jornalismo leva todo ano milhares aos cursos de jornalismo. São homens e mulheres, jovens e nem tão jovens. Eles serão batizados em várias formas de trotes. Palavras sábias adiantam à calourada o que os espera: deixar de falar como gente comum, matar aula daquele professor chato, ficar amigo do dono do bar e se preparar para ganhar pouco. Pronto. Agora ele está preparado para se tornar um padawa do clã dos jornalistas.

O campo profissional privilegiado em vários cursos de comunicação social é o jornal impresso. O padawa será bom se souber comunicar bem nessa plataforma diz algum mago das redações. As outras plataformas comunicativas se tornam acessórias na grade reclama um mago da TV ou do rádio. Surge, assim, o fenômeno do amor platônico pelas redações dos impressos.

Como em toda relação amorosa, o relacionamento do jornalista com cada plataforma envolverá os defeitos e qualidades dessa. Antes do casamento, ele precisa avaliar cuidadosamente os pontos positivos e negativos. É nesse ponto que coloco a pergunta: o jornal impresso comercial é a melhor opção para o matrimônio? Essa é uma pergunta interessante para uma crítica ao modelo de grade dos cursos de jornalismo.

A formação cultural do Brasil desenvolveu e cristalizou uma comunicação fortemente oral e visual. Os jornais nesse contexto atendem a um público específico: aquele escolarizado, que concluiu o ensino médio e fez curso universitário. Levantamentos oficiais falam de 10% que no Brasil terminaram uma faculdade e 90% que ficam de fora. Estatísticas do IBGE, do IPEA e de outros institutos falam de uma média de escolaridade de 5 a 6 anos.

Entre essas duas parcelas, há uma bateria de muralhas da linguagem que impede uma boa parcela de gente do acesso ao conteúdo dos jornais e revistas. A maior delas é a escolaridade, seguida da pobreza, do acesso e dos obstáculos propositais. Essa formação sociológica da população brasileira caracterizou os jornais como veículos de públicos seletos: aqueles 10% que tiveram vários anos de escolaridade. Isso se expressa na tiragem dos jornais. Em 2008, a Associação Nacional dos Jornais somava os dez maiores jornais e chegava a uma tiragem perto de 4 milhões e meio de unidades diárias. Isso em um país de 195 milhões de habitantes.

Isso não significa que aqueles 90% não se informam, ignoram a realidade e não querem aprender. Eles simplesmente usam instrumentos comunicativos que culturalmente se adaptam melhor às suas características: a TV e o rádio. Mas falar de comunicação brasileira precisa levar em conta o contexto econômico e político. A grande mídia no Brasil, aquela poderosa, está fundamentada por alguns pilares. Está nas mãos de grupos seletos de empresários e políticos. Tem uma ambição por lucros. E usa da manipulação e distorção da realidade para atender sua ligação com a lógica do poder, a lógica da política.

Nesse contexto é que se encontra o jovem estudante de jornalismo no Brasil. Aquele mesmo que entrou cheio de romance na faculdade. Mesmo que ele ignore esse mundo concreto, ele existe e condiciona o trabalho comunicativo. Essa é a conjuntura que todo curso de comunicação social deveria analisar e estudar ao formular sua grade. Dessa forma, melhor prepararia os acadêmicos como conhecedores da realidade comunicativa e social. Melhor preveniria o estudante de se deixar aprisionar pelas aparências. Somente assim o amor platônico pelo jornal impresso passa a ser uma escolha consciente ou um dos tantos namoricos que logo terminam.

Bibliografia:
Muralhas da Linguagem - Vito Giannotti
Padrões de manipulação na grande imprensa - Perseu Abramo
Dos Meios às Mediações - Jesús Martin-Barbero
Dicionário de Politiquês - Vito Giannotti e Sérgio Domingues
A Arte de Fazer um Jornal Diário - Ricardo Noblat
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pela amor de Deus Jorge e Mateus em Jlle






Fotos e Video de ANDREIA SILVA

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Judicial ou jornal?

O assunto da rodada de debates realizados no Ielusc trouxe convidados ilustres na noite de terça-feira (11 de setembro)


Sentado à tribuna de honra, Silvio Melatti, coordenador do curso de jornalismo do Ielusc, roe unhas na ânsia de fazer perguntas aos debatedores e jornalistas Roelton Maciel, à sua esquerda, Salvador Neto, de camisa xadrez a direita e ao juiz Fernando Faria


    O juiz Faria fez a diferença no evento valendo-se de muita franqueza nas colocações


    Na platéia, os jornalistas Marcos Pereira e Talita Rosa (grupo RBS) participaram do debate


 
   Silvio: Faria Salvador Roelton? Não, pois Roelton é Roelton...!
   Ao final, os convidados receberam, além dos aplausos, exemplares da Revista Rastros e do jornal Primeira Pauta.


Texto e fotos: James Klaus



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

TV Babitonga

Finalmente fui conhecer a TV Babitonga de Joinville. Embora recém-nascida, a emissora possui uma boa estrutura

                                          Entrevista com candidato a prefeito de Joinville no domingo (02 setembro)

                                         O âncora Natanael Rocha se prepara para a transmissão

                                          Sala de switch



                                                    Sala de edição

Sala de make up

                                                                   Estúdio principal


Texto e fotos: James Klaus

Projeto Cinemática

Organizado por alunos do Ielusc, o tema é variado e trouxe o âncora da RBS TV Marcos Pereira para um bate papo


                                Em pauta, o telejornalismo

                                O apresentador conversou por quase uma hora com os presentes

                                Falou sobre o filme Newsroom e a realidade de uma redação


                               
    Uma foto e está feito o registro! Parabéns à organização do Cinemática, quem participou gostou.


Fotos e texto: James Klaus