A Jornada Mundial da Juventude é o grande encontro global de jovens com o Papa que se realiza a cada três anos num lugar do mundo. Desta vez se realizou em Madrid, na Espanha, de 16 a 21 de Agosto de 2011. Este encontro acontece com o intuito de partilhar com todo o mundo a esperança de muitos jovens que querem comprometer-se com Jesus Cristo e com os outros. Uma experiência única de aprofundamento da fé e de aproximação a Jesus Cristo, com a oração e os sacramentos, juntamente com milhares de jovens que partilham as mesmas inquietações e aspirações.
A JMJ não é um acontecimento voltado somente aos católicos, mas aberto a todos os jovens que queiram partilhar um encontro festivo com os seus pares à volta de Jesus Cristo. Durante a semana da Jornada Mundial, além das celebrações com o Papa existe uma agenda cultural nas proximidades. (fonte: http://www.madrid11.com/pt/o-que-e-a-jmj)
Entrevistamos Larissa Fernandes, 30, teóloga pelo ITESC (Instituto teológico de Santa Catarina), consagrada da Comunidade Católica Arca da Aliança e participante da JMJ 2011 como integrante da delegação oficial brasileira do encontro.
Entrevistamos Larissa Fernandes, 30, teóloga pelo ITESC (Instituto teológico de Santa Catarina), consagrada da Comunidade Católica Arca da Aliança e participante da JMJ 2011 como integrante da delegação oficial brasileira do encontro.
Nossa Pauta: A JMJ encerrou no dia 21/08 (domingo). Você desembarcou no Brasil dia 24/08 (quarta-feira). Está desfazendo as malas de uma viagem tão significativa. Qual é a maior lembrança ou a mais especial que você guarda desta Jornada em Madri?
Larissa Fernandes: As amizades feitas com jovens de muitas outras nações, de outros países. Muitas vezes agente nem sabia a língua do outro direito, mas cantávamos algo em comum, rezávamos orações em comum.
Nossa Pauta: Esta foi uma Jornada Mundial. Como você relata, estavam lá muitos outros países. Existiu algum momento marcante relacionado a este contato?
Larissa Fernandes: Houve um momento de partilha sobre um texto, fomos divididos em grupos. Estavam presentes sete nações. No meu grupo haviam sete francesas, uma coreana, uma espanhola, um português, e eu, brasileira. Dois pontos: eu não conhecia o francês, o que encontramos em comum foi que eu e uma francesa conhecíamos o italiano. Começamos a nos comunicar, esta foi a nossa via de comunicação. Não havia texto em coreano, somente em inglês, francês, português, espanhol e italiano. Fui atrás de alguém que soubesse o Inglês e que falasse coreano para conversar com a jovem coreana. Deu tudo certo. No final ela me agradeceu com a única palavra que ela sabia em inglês “Thank you”. O desejo de nos comunicarmos foi além do verbal. No olhar, no coração, nos gestos de atenção...
Nossa Pauta: Nesta experiência de fé na JMJ 2011, o que a Igreja, através do Papa, motivou os jovens a viverem?
Larissa Fernandes: Vivemos durante a preparação para a Vigília com o Papa um dia de muito calor, 48ºc e mais de 2 milhões de jovens a espera deste momento. A noite, na hora da Vigília fomos surpreendidos por um vendaval, uma chuva muito forte e estávamos ao relento. O que me marcou foi o que o Papa Bento XVI disse. “Obrigada por aceitarem viver nesta noite esta grande aventura da nossa fé”. Acredito que viver a fé a isto. Faça chuva ou faça sol. Estarmos prontos para aceitar viver esta grande aventura. O Papa também diz: “O jovem não tem medo do desafio, mas sim de uma vida sem sentido”.
Nossa Pauta: O local da próxima JMJ foi anunciado lá em Madri, já sabemos que será em 2013, no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Como foi a participação dos Brasileiros na JMJ da Espanha?
Larissa Fernandes: Foi a maior participação de todos as edições. 15 000 Jovens brasileiros participaram. Lá em Madri foi criada a Praça Madri Rio, com a estátua do Cristo Redentor, esta praça foi reservada para os mais de trinta shows com bandas católicas brasileiras.
Nossa Pauta: Muitas pessoas acompanharam pelos jornais as manifestações de um grupo de espanhóis que protestavam contra a vinda do Papa à Espanha e contra a Jornada. Você pode nos relatar como foi à recepção dos espanhóis, se você presenciou alguma destas manifestações e como ela repercutiu na Jornada?
Larissa Fernandes: Pessoalmente não presenciei, esta manifestação foi muito pequena em proporção ao número de jovens, dois milhões, que gritavam a alegria de viver sua fé. Para muitos, creio que ela passou despercebida. Muitos nem viram.
Entrevista e foto: Cibele Cristine Hostin
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