Acompanhando as transformações urbanas em Joinville, a arte de rua vem marcando a nova identidade que se desenvolve na cidade. As diversas formas de expressão ganham novos adeptos e admiradores. Malabares e música acústica é uma das opções culturais para quem passeia à noite pelo centro da cidade nos dias de semana. Sem roteiros nem horários marcados, Maicon de Paula e Moacir Vasquez se divertem e experimentam expor um pouco de suas paixões aos que caminham pelas calçadas e transitam entre os cruzamentos movimentados.
Os cruzamentos urbanos servem como entrada à intervenções urbanas. Com tempo curto e boa visibilidade entre os que caminham e dirigem carros, é possível conquistar admiradores.
"Ganhar o pão com violão sempre foi um sonho meu", conta entusiasmado Moacir, mais conhecido como Moa, aos seus 19 anos. Moa veio da capital baiana, Salvador, e está há 3 meses em Joinville. Ele comenta que em Joinville o cenário é positivo e propício para a arte de rua se desenvolver. "Lá em Salvador, muitas vezes em prol dos interesses individuais, os artistas de rua esquecem de defender a classe", comenta.
Locais de grande circulação de pessoas são importantes aliados. Moa toca repertório variado em frente à Farmácia Minâncora, ponto histórico da cidade.
Maicon de Paula, migrante do Paraná, vem marcando presença no cruzamento da rua Padre Carlos com a Av. JK, fazendo diversos números com suas claves prateadas. Alguns condutores, que aguardam o sinal verde, muitas vezes já sem paciência depois de um dia inteiro de afazeres, se desentimidam e contribuem com moedas ao artista - simbolicamente. Maicon mostra-se um joven de poucas palavras, mas nem por isso pouco concentrado. Com 23 anos e um olhar quase sempre tranquilo, conta que sua arte é feita por paixão.
Maicon já possui uma coleção variada de movimentos. Durante suas exibições arrisca frequentemente novidades sem receios de errar.
Nos pontos de encontro, planos sobre a noite podem ser combinados. O Bar Palmeirão, em frente à rua das Palmeiras, é uma das opções.
As amizades construídas são vitais. A caminho do ponto de interveções, Moa abraça Letícia, mais conhecida como Pepper.
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