Fila na porta, sala lotada, cadeiras que comportavam crianças de todas as idades ansiosas pra que se acendessem as luzes e o espetáculo começasse. Assim estava o Teatro Sesc na apresentação da peça A velha que enganou a morte, representada pela companhia de teatro da Embraco. A peça fez parte da Overdoze, 12 horas consecutivas de espetáculos artísticos que encerraram a temporada da Aldeia Palco Giratório.
O espetáculo, com texto da Companhia Dionísio de Teatro e figurino de Lucas Davi, arrancou risos e aplausos da platéia. Encenada por 6 dos 8 atores da companhia, a peça, mesmo que realizada com poucos ensaios, conseguiu transmitir ao público a riqueza de histórias bem contadas.
Sabrina Favarin dos Santos, 15 anos, estudante, se emocionou com a peça. “Essa foi a primeira vez que vim ao teatro. A peça é muito boa, ri demais. Acho muito bonita a iniciativa de ser ator voluntário e levar alegria à tantas pessoas”.
O ator Laércio Madalena, intérprete de São Pedro em A velha que enganou a morte, trabalha há 16 anos na Embraco e há 14 anos nos palcos. A relação do ator com o teatro é de paixão e realização. “O teatro é voluntário. A minha relação com o palco é de satisfação pessoal. Meu filho, de 15 anos, cresceu junto com as peças. Desenvolvi a minha paixão por teatro, e meu filho cresceu junto a ele.”
Laércio conta que é preciso muita dedicação e disciplina para contar histórias. “Tem meses que chegamos a apresentar 36 peças em uma semana. Tudo isso começou para fazermos apresentações dentro da empresa sobre os temas que eles nos pediam. Ensaiamos apenas nas terças-feiras, então, uma apresentação demora aproximadamente três meses para ficar pronta. Mas todo o esforço vale muito à pena”.
Por Pamela Caitano
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