A praia mais perto de Joinville fica no município de Joinville. Por mais redundante que isso pareça, muitos desconhecem a existência da Vigorelli. Localizada a dezessete quilômetros do centro, a praia tem muita beleza a oferecer, mas carece de infraestrutura. Moradores e frequentadores reclamam dos problemas decorrentes da falta de atuação do poder público.
O acesso a região é pela Avenida Santos Dumont e Estrada João Alvim S. Mello. Essa está recebendo obras de asfaltamento, de acordo com declaração do Deinfra ao Jornal Anotícia, estarão concluídas até o mês de agosto. Mesmo com a conclusão, a Estrada de acesso terá ainda um quilômetro sem pavimento, pois este trecho assim como toda a praia, é considerado Área de Preservação Permanente (APA).
O morador Edgar M de Magalhães é um dos mais antigos da região. Já há 37 anos no local ele acompanha o drama do lugar. “Vim para a praia vender bebidas à turistas e não saí mais”, comenta. Nito, como também é conhecido, viveu durante anos como pescador e dono de um pequeno bar. Hoje, não pesca mais, apenas administra o restaurante que é um empreendimento de sucesso. Ele lamenta que não há investimentos na praia e tudo que precisam só é feito com a cooperação dos moradores. “A rampa de pesca, as carradas de areia para a praia, os geradores de energia e até a rede de posteamento tivemos que fazer”, afirma.
A Vigorelli também é uma importante ligação intermunicipal. O Ferry Boat F. Andreis faz a ligação entre Joinville e São Francisco do Sul. Conforme o gerente da empresa, Laurindo da Silva, a prestadora trabalha há 11 anos no trajeto e o transporte é deficitário para o grupo. “Nossa esperança é a conclusão das obras da Costa do Encanto e do Porto de Itapoá.” Para ele, isso aumentaria o movimento e a receita. Laurindo afirma que as dificuldades de infraestrutura também afetam o serviço. “Nossas rampas não são de concreto, não temos energia elétrica e o acesso ainda não é asfaltado.”
O transporte marítimo oferece 19 viagens diárias e jornadas interruptas nos domingos e feriados. O valor é de doze reais e trinta centavos por automóvel.
As 120 famílias que moram na região vivem da pesca e de serviços prestados nos nove restaurantes da praia. Para o pescador aposentado Nilson Nilsen antigamente sobravam peixes mas hoje todos sofrem com a escassez.
texto - Leandro
fotos e apuração - Leandro e Naiara (turma B)
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