quinta-feira, 9 de junho de 2011

A arte que imita a vida, por Paula Albino















Trabalhando com crianças, na Educação Infantil, aprende-se muito sobre a vida. Aprende-se como esquecer fácil as brigas; como perdoar os outros sem mágoa; como enxergar o lado engraçado de cada situação; como criar histórias observando coisas pequenas.





As crianças são pequenas, mas a capacidade de pensar é grande! Elas se envolvem com as atividades propostas de tal forma que contribuem para a melhoria da aula, constantemente.





Um dia desses, resolvemos pintar! Mexer com cores e tintas! Deixar a marca! Fazer arte! Após pintarem as caixas de leite encapadas, os pequenos foram à pia para lavar o pincel, deixando-o novamente como adultos formatados: sem tinta, sem cor, secos!





Ao secar os pincéis, percebemos a composição do desenho no papel amassado: uma miscelânia sem sentido ou planejamento, como que a arte estivesse imitando a vida. Por quê tal analogia?, você poderia perguntar. E nós responderíamos: a vida é um papel branco cheio de marcas resultantes dos 'amassos dolorosos' pelos quais passamos.





As tintas são os momentos bons e ruins que vivemos. Os pincéis, as pessoas que passam por nosso papel, deixando um pouco de suas cores. Na foto registrada, a vida acaba ficando bela quando permitimos que as cores dos outros nos ajudem a compor nossa pintura.





Mesmo as cores escuras têm seu lugar. E na composição da imagem, é como se um sol se formasse ao redor do papel, com raios de pincel! A vida, a arte, a arte de viver e a vida artística. É assim que funciona. É assim que pode ser. Basta pintar!



Fotos e Texto: Paula Albino

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