quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tempo de Brincar

Jorge Luiz Hoffmann é o criador do projeto “Espaço/Tempo Lúdico Vivências Creativas com Jogos Culturais”, que existe há 20 anos. O objetivo é ensinar jogos multiculturais e milenares para crianças de 3 a 13 anos para promover o raciocínio e provocar integração.
 Os jogos são feitos por ele, com material coletado. A madeira usada é compensada ou reciclável, encontrada na beira do mar. A intenção é fazer com que eles ganhem o ar de antiguidade, remetendo às origens dos brinquedos que chegam a ter sete mil anos de existência, as peças são pedras, sementes e bonecos esculpidos. Jorge começou fabricando quebra-cabeças em feiras artesanais e, com indicações de colegas e sete anos de pesquisa, encontrou jogos da China, África, Índia, Grécia, Egito, Aldeias Guarani, Ilha de Madagascar e Japão.
Após o fim da pesquisa, a ideia foi levar os brinquedos para as escolas. Apesar dos alertas que Jorge recebeu de que as crianças não estariam mais interessadas nesses jogos, e sim em computadores, ele levou a iniciativa adiante. “Isso não é verdade, elas amam de paixão os jogos”, disse Jorge, sobre a grata surpresa que teve com a reação dos pequenos. Ele então passou mais sete anos dentro das escolas, promovendo uma vivência entre alunos e jogos.
Comprovando a afirmação de Jorge, Ana Lua Villalba, 9 anos, que visitou a exposição por duas vezes, afirma que prefere esses jogos a vídeo games e jogos online. Ela é a única da sua turma que conhece, mas acredita que seus amigos gostariam de conhecer.
Ana Lua tem o incentivo da mãe, Cynthia Villalba, que é artesã, formada em moda e fã dos jogos. “Eu acho que gosto mais que minha filha. Ela quer ir embora e eu sempre quero ficar mais um pouquinho”, diz Cynthia. O que ela mais admira nos jogos é capacidade de unir raciocínio lógico e artesanato. Cynthia afirma que todas as escolas deveriam trazer seus alunos, pois ela considera essa integração em um ambiente adequado, como o que exposição propicia algo essencial para as crianças.
O espaço de exibição dos jogos segue a mesma linha do que era apresentado nas escolas, mas agora, abrange os pais e educadores. Além da exibição, Jorge da aulas para ensinar a confeccionar os brinquedos, o curso começou esse ano e tem duração de três messes.
Além disso, Jorge se prepara para levar a exposição para a feira do livro em Porto Alegre, mas futuro do projeto ainda é incerto em Joinville. A amostra dos brinquedos ficou por dois meses na Cidadela Cultural Antártica, no ano passado, e atualmente esteve por duas vezes na Estação da Memória. “Muita gente sugere que essa exposição devia ser um espaço permanente para visitação tanto de escolas como de grupos de professores para poderem compreender o significado disso e avaliar o quanto isso é importante para a educação das crianças”, contou Jorge.


Por Nayara Soethe

1 comentários:

Anônimo disse...

lindo, lindo e mais lindo....parabéns nayarinha...amei

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