sexta-feira, 26 de agosto de 2011

DESFAZENDO AS MALAS DA JORNADA!

A Jornada Mundial da Juventude é o grande encontro global de jovens com o Papa que se realiza a cada três anos num lugar do mundo. Desta vez se realizou em Madrid, na Espanha, de 16 a 21 de Agosto de 2011. Este encontro acontece com o intuito de partilhar com todo o mundo a esperança de muitos jovens que querem comprometer-se com Jesus Cristo e com os outros. Uma experiência única de aprofundamento da fé e de aproximação a Jesus Cristo, com a oração e os sacramentos, juntamente com milhares de jovens que partilham as mesmas inquietações e aspirações.
A JMJ não é um acontecimento voltado somente aos católicos, mas aberto a todos os jovens que queiram partilhar um encontro festivo com os seus pares à volta de Jesus Cristo. Durante a semana da Jornada Mundial, além das celebrações com o Papa existe uma agenda cultural nas proximidades. (fonte: http://www.madrid11.com/pt/o-que-e-a-jmj)

Entrevistamos Larissa Fernandes, 30, teóloga pelo ITESC (Instituto teológico de Santa Catarina), consagrada da Comunidade Católica Arca da Aliança e participante da JMJ 2011 como integrante da delegação oficial brasileira do encontro.




Nossa Pauta: A JMJ encerrou no dia 21/08 (domingo). Você desembarcou no Brasil dia 24/08 (quarta-feira). Está desfazendo as malas de uma viagem tão significativa. Qual é a maior lembrança ou a mais especial que você guarda desta Jornada em Madri?

 Larissa Fernandes: As amizades feitas com jovens de muitas outras nações, de outros países. Muitas vezes agente nem sabia a língua do outro direito, mas cantávamos algo em comum, rezávamos orações em comum.



Nossa Pauta: Esta foi uma Jornada Mundial. Como você relata, estavam lá muitos outros países. Existiu algum momento marcante relacionado a este contato?

Larissa Fernandes: Houve um momento de partilha sobre um texto, fomos divididos em grupos. Estavam presentes sete nações. No meu grupo haviam sete francesas, uma coreana, uma espanhola, um português, e eu, brasileira. Dois pontos: eu não conhecia o francês, o que encontramos em comum foi que eu e uma francesa conhecíamos o italiano. Começamos a nos comunicar, esta foi a nossa via de comunicação. Não havia texto em coreano, somente em inglês, francês, português, espanhol e italiano. Fui atrás de alguém que soubesse o Inglês e que falasse coreano para conversar com a jovem coreana. Deu tudo certo. No final ela me agradeceu com a única palavra que ela sabia em inglês “Thank you”. O desejo de nos comunicarmos foi além do verbal. No olhar, no coração, nos gestos de atenção...


Nossa Pauta: Nesta experiência de fé na JMJ 2011, o que a Igreja, através do Papa, motivou os jovens a viverem?

Larissa Fernandes: Vivemos durante a preparação para a Vigília com o Papa um dia de muito calor, 48ºc e mais de 2 milhões de jovens a espera deste momento. A noite, na hora da Vigília fomos surpreendidos por um vendaval, uma chuva muito forte e estávamos ao relento. O que me marcou foi o que o Papa Bento XVI disse. “Obrigada por aceitarem viver nesta noite esta grande aventura da nossa fé”. Acredito que viver a fé a isto. Faça chuva ou faça sol. Estarmos prontos para aceitar viver esta grande aventura. O Papa também diz: “O jovem não tem medo do desafio, mas sim de uma vida sem sentido”.




Nossa Pauta: O local da próxima JMJ foi anunciado lá em Madri, já sabemos que será em 2013, no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Como foi a participação dos Brasileiros na JMJ da Espanha?

Larissa Fernandes: Foi a maior participação de todos as edições. 15 000 Jovens brasileiros participaram. Lá em Madri foi criada a Praça Madri Rio, com a estátua do Cristo Redentor, esta praça foi reservada para os mais de trinta shows com bandas católicas brasileiras.




Nossa Pauta: Muitas pessoas acompanharam pelos jornais as manifestações de um grupo de espanhóis que protestavam contra a vinda do Papa à Espanha e contra a Jornada. Você pode nos relatar como foi à recepção dos espanhóis, se você presenciou alguma destas manifestações e como ela repercutiu na Jornada?

Larissa Fernandes: Pessoalmente não presenciei, esta manifestação foi muito pequena em proporção ao número de jovens, dois milhões, que gritavam a alegria de viver sua fé. Para muitos, creio que ela passou despercebida. Muitos nem viram.




Entrevista e foto: Cibele Cristine Hostin

 

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